Embora seja uma cidade de médio porte, com um passado que remete a um significativo desenvolvimento cultural ainda no século XIX, Pelotas não conta com um sistema literário local eficiente. Poucos dos autores pelotenses são lidos e estudados nos limites da cidade.
Berço de escritores como Angélica Freitas e Lourenço Cazarré, amplamente reconhecidos e premiados fora da Princesa do Sul, mas que obtiveram uma repercussão limitada tendo em vista a qualidade de suas produções, Pelotas desconhece seus próprios escritores.
São também pelotenses os poetas Daniela Delias, Pablo Rodrigues, Daniel Moreira, Alvaro Barcellos; os prosadores Deco Rodrigues, Ju Lund, Helena do Sul, Luis Carlos Freitas, o escritor de literatura infantil Jorge Braga; a haicaísta Vilma Ávila Vianna, porém, poucos pelotenses conhecem além de Contos gauchescos e Lendas do Sul, de João Simões Lopes Neto, algumas das poesias de Francisco Lobo do Costa, estendendo-se, no máximo, à Satolep, de Vitor Ramil.
Nesta perspectiva, este projeto soma-se a outros esforços como o blog e-Dicionário de Autores de Pelotas, o Concurso Literário Lourenço Cazarré e as duas edições do Seminário de Estudos da Literatura em Pelotas com o objetivo de resgatar a biografia e a produção daqueles autores pouco conhecidos ou completamente desconhecidos pela maior parte da população.
A seguir, o documentário "Pelotas - Atenas do Sul", de Douglas Ferreira dos Santos e Fernando Milani Marrera, produzido para apresentação no I Seminário de Estudos Literários de Pelotas, o qual demonstra o distanciamento entre a literatura pelotense e os jovens leitores.
Produção: Laboratório de História, Imagem e Som (LaHIS-FURG)
